sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Que Eu Queria Mesmo Era...



A cena acontece em um restaurante-boteco, no fim do século passado (1999, se não me falha a memória). Estamos conversando eu e mais quatro professores de um Centro Universitário que fica ali bem pertinho. Um deles acaba de publicar um livro de poesias-altíssimo-nível e ficamos todos entusiasmados com a ideia de que é sim possível produzir arte de verdade, independentemente de se ganhar ou não o pão de cada dia com esse trabalho. Lá pelas tantas, alguém cita uma frase ouvida diretamente de um dos irmãos Campos (creio que do Haroldo, mas não garanto...): “Não tem outro jeito, na arte, como em qualquer atividade, o importante é manter a produção.”
Acho que foi também o eco dessas palavras um dos motivos para que eu criasse este blog, lá no comecinho de 2012. Algo que contribuísse para manter meu foco no compromisso, com sei-lá-quem, de publicar os trecos que ficam aí embaixo.
Mas então...
Uma fibrilação atrial, um mega-vazamento de água em minha casa e uma greve bagunçaram meus planos tão plenamente planejados, e com a maior facilidade. Sim, sim, sim, sempre podemos construir muros e obstáculos assentando esses tijolinhos de desculpas. Um espirito de insurreição, no entanto, ainda vive aqui dentro!
De modo que as linhas e cores oferecidas aqui marcam o (re)início da minha batalha (já vitoriosa) contra a pasmaceira.
Ah, nesta empreitada, troquei o TwistedBrush pelo simpaticíssimo MyPaint (também gratuito), que se mostrou fabuloso pra quem gosta de aquarela.


Reflexões